segunda-feira, 2 de julho de 2007

"Pedagogia da autonomia" - Saberes necessários à prática educativa

Neste livro, Paulo Freire faz muitas provocações na relação educador/educando. De caráter progressista, o que lhe valeu perseguição na época da ditadura, incita a discussão nas salas de aulas, estimula a curiosidade dos professores e também dos alunos, para que as aulas não sejam verdadeiros monólogos, para isso o professor deve estar aberto a indagações, mesmo que não tenha a resposta para dar naquele momento. O autor busca alinhar e discutir os saberes fundamentais à prática educativo-crítica ou progressista e isto deve ser conteúdo obrigatório à organização programática da formação docente.
Para Freire, o formando deve saber desde o início que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar condições para a sua produção ou a sua construção. Não há docência sem discência (e como é difícil colocar isso na cabeça de muitos professores!), pois quem ensina aprende ao ensinar e que aprende ensina ao aprender.
Nos 3 capítulos do livro, Paulo Freire mostra, dentre outros itens, que o educador não deve apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo; que não há ensino sem pesquisa e nem pesquisa sem ensino; que ensinar exige criticidade, pensando criticamente a prática de hoje ou ontem é que se pode melhorar a próxima prática; que ensinar exige risco, a aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação; que um simples gesto pode marcar positivamente ou não a formação do educando.
Para ser sincero, achei o livro um pouco repetitivo, mas gostei porque ele nos mostra que para educar, assim como em tudo na nossa vida, é preciso ter bom senso. Para finalizar, deixo esta mensagem do mestre: “O professor que não leva a sério a sua formação, que não estude, que não se esforce para estar à altura de sua tarefa, não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe”.

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